A corretora de Forex 305 Markets, fundada pelos brasileiros Felipe Roberto de Miranda e Bruno Bertuzzo Nicolini, enfrenta questionamentos após uma operação desastrosa resultar na perda de 60% do capital investido pelos clientes em 22 de outubro de 2024. Estima-se que o prejuízo tenha ultrapassado a marca de R$ 25 milhões, levantando preocupações sobre possíveis irregularidades e falta de transparência.
Entenda o caso
Clientes da corretora relatam que as operações eram realizadas por meio de um sistema automatizado promovido pela empresa, com a expectativa de rendimentos mensais de 2% a 10%, muito acima dos padrões tradicionais de investimento no Brasil. No entanto, uma única operação alavancada durante o período em que o servidor estaria em manutenção gerou prejuízos significativos.
Em declarações não verificadas, os fundadores Felipe e Bruno afirmaram desconhecer como a operação foi iniciada. Apesar das investigações internas mencionadas pela empresa, nenhuma explicação detalhada sobre o ocorrido foi apresentada até o momento. Alguns investidores alegam perdas superiores a US$ 600 mil (cerca de R$ 3,5 milhões).
Suspeitas de irregularidades
Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a 305 Markets não possui autorização para captar investimentos no Brasil, o que intensifica as dúvidas sobre sua atuação. A corretora atraiu investidores brasileiros com promessas de segurança e ganhos expressivos, frequentemente promovidos nas redes sociais de Felipe Miranda, onde ele abordava temas como “dolarização do patrimônio”.
Investidores lesados?
Há relatos de clientes que foram convencidos da segurança do sistema automatizado, anunciado como sendo de baixo risco e certificado por portais especializados. Contudo, após o prejuízo, muitos começaram a questionar o risco envolvido e as promessas feitas.
De acordo com informações da Revista Terra, a 305 Markets administra cerca de US$ 25 milhões (aproximadamente R$ 136 milhões) de investidores brasileiros, com um faturamento anual estimado em R$ 15 milhões.
Reações e próximas etapas
Embora a confiança na empresa esteja abalada, ainda não há confirmação de investigações formais ou ações judiciais contra a corretora. O episódio, no entanto, destaca os riscos associados a empresas financeiras não regulamentadas.
Especialistas recomendam cautela diante de promessas de retornos acima da média e reforçam a importância de optar por instituições reguladas por órgãos como a CVM, que oferecem maior proteção aos investidores.
Este incidente reforça a necessidade de pesquisar a credibilidade de empresas e compreender os riscos antes de investir em mercados como o Forex, que podem oferecer grandes retornos, mas também grandes perdas