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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes já havia feito críticas, em maio de 2023, à Operação Lava Jato. Na ocasião, ele disse que os procuradores e juízes responsáveis pela operação praticaram “tortura com o poder do Estado”, ao realizarem as delações premiadas.
Já na última terça-feira, 12, o ministro voltou a criticar a operação, em entrevista à TV Brasil. Desta vez, Gilmar Mendes disse que a Lava Jato “fez um mal enorme às instituições”.
“Bem inspirada, talvez, no início, ela produziu uma série de distorções no sistema jurídico político”, afirmou o ministro. “Terminou como uma verdadeira organização criminosa.”
Nas falas do ano passado, o magistrado alegou que libertar as pessoas depois de uma delação era “uma vergonha”. “Não podemos ter esse tipo de ônus. Coisa de pervertidos”, bradou Gilmar Mendes. “Claramente se tratava de prática de tortura usando o poder do Estado.”
Durante a Lava Jato, Gilmar Mendes foi uma figura central em ações que decidiram os rumos da operação que tinha como alvo agentes envolvidos em corrupção.
O ministro foi responsável por determinar a incompetência da 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba e anular as ações penais contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O magistrado também votou para considerar o ex-juiz e senador Sergio Moro (União-PR) parcial em processos da operação.
Gilmar Mendes não comenta possibilidade de a Polícia Federal anular acordo de delação de Mauro Cid
Até o momento, contudo, Gilmar Mende não comentou a possibilidade de a Polícia Federal (PF) anular a delação premiada fechada com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência da República. Em áudios, o militar critica a PF e o ministro Alexandre de Moraes, do STF.
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Os áudios divulgados pela revista Veja mostram a frustração de Cid com a postura de Moraes. Segundo o militar, o ministro já decidiu condenar os aliados do ex-presidente.
“O Alexandre de Moraes já tem a sentença dele pronta”, afirmou o militar. “Acho que essa é a grande verdade. Só está esperando passar um tempo. O momento que ele achar conveniente, denuncia todo mundo, o PGR acata, aceita e ele prende todo mundo.”
Nos áudios, o tenente-coronel também afirma que se sentiu coagido a assumir atos que não cometeu. O ex-ajudante de Bolsonaro declarou que sofreu ameaças de perder os benefícios da delação premiada.
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A defesa de Mauro Cid não negou a veracidade dos áudios. Em nota, afirma que as falas “não passam de um desabafo, em que relata o difícil momento e a angústia pessoal, familiar e profissional pelos quais está passando, advindos da investigação e dos efeitos que ela produz perante a sociedade, familiares e colegas de farda”.
Comentarista do programa Oeste Sem Filtro Adalberto Piotto abordou, no Twitter/X, nesta sexta-feira, 22, as críticas de Gilmar Mendes e as recentes mensagens de áudio atribuídas a Mauro Cid.
“Para lembrar, o ministro Gilmar Mendes chegou a falar em ‘pervertidos’ e ‘tortura’ sobre as delações e acordos de leniência da Lava Jato”, alertou Piotto. “E agora, diante da denúncia de Mauro Cid?”
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