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Presidente Lula e Nísia Trindade, ministra da Saúde. Divulgação Lula/Ricardo Stuckert
Um dia depois de ter feito cobranças na reunião ministerial, o presidente Lula e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, voltam a se reunir nesta terça-feira (dia 19), em Brasília. O encontro, marcado para esta tarde, no Palácio do Planalto, ocorre também em meio a pressões na pasta para a saída de Nísia, e reclamações de aliados petistas de gestão ineficiente na Saúde. Nessa segunda (dia 18), a pasta confirmou a exoneração do diretor do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH), Alexandre Telles, que era responsável pelos hospitais federais do Rio.
Durante a reunião ministerial no Planalto, Nísia fez uma fala em tom de desabafo, contra as pressões que vem sofrendo, e se defendeu das acusações de ineficiência. O relato dos que acompanharam a reunião foi de que Nísia precisou deixar o local porque se emocionou e chegou a chorar. Ainda em sua fala, ela reclamou da pressão e fez um balanço sobre as ações do ministério da saúde contra a dengue.
Apesar das pressões, o presidente Lula deixou claro que não deve haver mudanças nos ministérios. O petista garantiu que a atual configuração da Esplanada não deve ser alterada neste momento e que ele quer um maior envolvimento dos ministros na divulgação das ações e programas do governo federal.
A pressão sobre Nísia vem de parlamentares do Centrão e até mesmo do presidente da Câmara, Arthur Lira. Os deputados reclamam da demora para a liberação de recursos de emendas parlamentares. Os políticos dizem que há demora na liberação dos recursos. Apenas na semana retrasada foi que a pasta mudou as regras, ampliando o teto de emendas e permitindo que estados e municípios possam receber mais dinheiro em ano eleitoral.
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