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Isso favoreceu o rápido deslocamento da massa de ar frio que segue na retaguarda da frente fria. Como a trajetória da massa de ar frio foi mais continental, passando pelo centro e norte da Argentina, ela manteve as suas características de ar frio, Ernesto Alvin Grammelsbacher, meteorologista do Inmet.
Os ventos fortes provocados por esse deslocamento favoreceram a formação da tempestade de areia que avançou sobre algumas cidades. A tempestade de areia é um evento natural originado pela movimentação de partículas de solo e rocha em suspensão na atmosfera.
Sua ocorrência é desencadeada por fatores naturais, como áreas com climas áridos, como a região do Mato Grosso do Sul onde ocorreram tempestades de areia ontem, além de influências humanas, como o desmatamento crescente.
A diferença de densidade do ar frio (mais pesado) com o ar quente (menos denso) provoca o levantamento deste ar da superfície, gerando nuvens com topos elevados, fenômeno chamado de linha de instabilidade.
A dinâmica destas nuvens de topos elevados é trazer o ar frio dos altos níveis da atmosfera para a superfície, formando as rajadas de vento forte como as observadas em Dourados. A associação de todos esses fenômenos favoreceu o rápido e acentuado declínio da temperatura observado em um curto período de tempo.
Ernesto Alvin Grammelsbacher, meteorologista do Inmet.
Josélia Pegorim, meteorologista do Climatempo, explica que a frente fria de ar polar que provocou os eventos no Mato Grosso do Sul é a mesma que derrubou a temperatura na cidade de São Paulo, que causou a ventania no Rio Grande do Sul ontem, e que está intensificando as chuvas no estado do Rio de Janeiro.
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