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O dinheiro da indústria está por todo lado: em cotas de patrocínio, no custeio da participação de médicos ouvintes, no financiamento de estudos apresentados e na contratação de médicos para darem palestras e aulas.
Em Minas, os médicos mais patrocinados são os palestrantes.
O principal deles é um ortopedista, Cristiano Menezes, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Coluna. O médico recebeu cerca de R$ 2 milhões por palestras e consultorias e mais de R$ 700 mil em benefícios. No total, R$ 2,7 milhões.
O financiador de Menezes é a NuVasive, fabricante norte-americana de instrumentos de alto custo para cirurgias ortopédicas, como parafusos de titânio de R$ 14 mil.
Funcionários da clínica de Menezes, localizada em um bairro nobre de Belo Horizonte, explicaram ao UOL que é “só Nuvasive que ele usa” nas cirurgias. Se o plano de saúde não cobre a marca, Menezes “manda os laudos e o convênio autoriza”.
Em entrevista por telefone, o médico disse que seus trabalhos como cirurgião e como contratado da NuVasive “são completamente distintos”.
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